23 de ago. de 2012

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21 de ago. de 2012

Marte em 360°

Mount Sharp: o ponto mais alto visto por Curiosity


Há pouco tempo no solo marciano, Curiosity tem enviado imagens fantásticas.
Veja o panorama em 360° montado com imagens do Programa de Exploração de Marte da NASA, NASA/JPL-Caltech capturadas no segundo dia solar marciano.

Curiosity rover: Martian solar day 2 - Fullscreen 360º VR Panorama




Fontes:
The Heights of Mount Sharp
 Virtual Tours / NASA's Mars Exploration Program (source images: NASA/JPL-Caltech)

7 de ago. de 2012

O Brasil e a vida em Marte






O Brasil tem participado da pesquisa espacial desde dos primórdios.
O primeiro contato de técnicos brasileiros com alguma forma de atividade espacial foi feito através da Estação de Rastreio, montada no Arquipélago de Fernando de Noronha, por efeito de acordo entre o Brasil e os Estados Unidos, visando estabelecer a chamada Corrida do Atlântico.
Começando em 1956, os foguetes eram lançados do então Cabo Canaveral, na Flórida, dotados de cargas-úteis com transmissões débeis, carecendo postos de escuta ao longo de sua trajetória.
E um desses postos foi montado na Ilha de Fernando de Noronha principal do Arquipélago, onde um pequeno contingente de técnicos norte americanos, tendo alguns brasileiros como ligação, gravavam os fracos sinais dos foguetes durante os poucos minutos de sua passagem próxima, nos conta Adalto Gouveia. 
Vários projetos tomaram sede no território brasileiro como, entre diversos outros, em Natal na Barreira do Inferno e do Projeto Eclipse na Praia do Cassino - RS, que contribuíram fundamentalmente para as missões Apolo.
Nossos cientistas vem participando nas pesquisas espaciais efusivamente,  inclusive em participações no espaço, com o astronauta Marcos Pontes.
Mais uma vez o Brasil está presente, ajudando a descobrir a existencia de vida em outros planetas.

Professor Nilton Rennó

É do Professor Nilton Rennó a coordenação da equipe pesquisadores da Nasa que identificou a presença de água em Marte e que agora com a chegada do Mars Science Laboratory a bordo do jipe Curiosity dá sequencia à mais completa pesquisa em solo de outro planeta.
Conforme noticiado no site do G1:
O pesquisador, de São José dos Campos, Nilton Rennó, que participa do projeto da NASA que levou um robô a Marte, comemorou o feito da madrugada desta segunda-feira (6-08-2012).
O cientista está nos Estados Unidos e conversou, por telefone, com a produção do Jornal Vanguarda.
Rennó comparou essa conquista a uma final de Copa do Mundo numa disputa de pênaltis, em que todos sabiam do risco, mas que felizmente o time ganhou, e ressaltou a importância da missão. 
“O trabalho do robô pode trazer grandes resultados sobre a existência de vida em Marte e também para a ciência”, destacou.
O pesquisador acredita que esse é sim um primeiro passo para uma viagem tripulada para o planeta vermelho no futuro. 
Ele prometeu fazer intercâmbio com cientistas brasileiros para que os pesquisadores brasileiros também possam participar desse aprendizado.
Em entrevista a Revista VEJA, Edição 2081 de 8 de outubro de 2008 é destacada a importância da pesquisa de àgua em Marte: 
O engenheiro brasileiro Nilton Rennó, de 48 anos, é chefe da equipe de pesquisadores da Nasa que identificou a presença de água em Marte.
Rennó, que vive nos Estados Unidos desde 1986, é professor da Universidade de Michigan e está na missão da sonda Phoenix desde o início, em 2001.
Veja: A água encontrada em Marte é líquida a mais de 50 graus negativos. O que significa?
Já se sabia que, abaixo de alguns centímetros de poeira assentada, a superfície marciana é composta de gelo. 
Nós conseguimos detectar a presença de perclorato de magnésio, um sal que, em contato com o gelo, forma uma solução líquida, um gel, a partir de 70 graus abaixo de zero. 
No verão do planeta, esse sal faz a camada mais superficial do gelo ficar pastosa.
Veja: Como sabemos disso?
Temos evidências da existência de gel no ponto onde a sonda arranhou o solo ao pousar. 
Isso ainda não foi anunciado oficialmente, mas a descoberta é irrefutável. O motor da Phoenix comprimiu e esquentou a superfície a ponto de derreter um pouco do gelo, esparramando uma lama salgada pela sonda. Essa lama absorve o vapor da atmosfera e forma gotas de água. Procuramos essas imagens e achamos evidências superclaras.
Veja: Outros cientistas da Phoenix questionaram a descoberta de água em Marte. Por que a divergência?
Isso decorre da diferença de métodos e dos locais que analisamos.
A outra equipe tentou encontrar água medindo a condutividade elétrica do solo. 
Como um solo molhado é melhor condutor de eletricidade do que um solo seco, a equipe finca agulhas e mede a condutividade entre elas. 
O problema é que eles analisaram uma área exposta ao sol e por isso não verificaram a existência de água. 
A minha descoberta de água entre 1 e 20 centímetros de profundidade é um fato. 
Foi aceita pela comunidade científica em palestras que demos na Europa e aqui nos Estados Unidos. 
Mas há realmente discussões dentro da equipe. 
Nem todo mundo concorda com nossa descoberta. 
É preciso ter paciência com os vários grupos de cientistas da Nasa.
Veja: Quando vamos encontrar vida fora da Terra?
Não deve demorar muito, já que a probabilidade é altíssima. 
Mais cedo ou mais tarde, vamos achar bactérias ou o rastro delas. 
As bactérias começaram a surgir logo no início da história da Terra, há mais de 3 bilhões de anos. 
É difícil imaginar que, em todo esse tempo, outros lugares não tenham tido condições de abrigar alguma forma de vida. 
Talvez a gente encontre vida em 2010, com a próxima sonda que irá a Marte, a Mars Science Laboratory. 
Se a principal missão da Phoenix era descobrir água, a MSL é um laboratório de microbiologia. 
Os pesquisadores costumam não comentar isso, mas o objetivo das sondas é achar vida fora da Terra.
Logo após ao pouso do jipe Curiosity, Rennó fala ao site da Veja em
06/08/2012:
Feito inédito - Alívio porque o pouso era arriscado demais. 
"É algo que nunca fizemos antes", diz o engenheiro paulista Nilton Rennó, que ajudou a construir a 'estação meteorológica' a bordo do Curiosity. Rennó acompanhou a sequência de pouso do jipe em Marte dentro do centro de controle do JPL (Jet Propulsion Laboratory, a fábrica de robôs da Nasa, berço do Curiosity). 
"As pessoas estão muito emocionadas, nunca vi algo assim", diz em entrevista ao site de VEJA.
10 anos - Marte agora receberá a atenção dos terráqueos por pelo menos mais dez anos, tempo previsto para a missão do Curiosity. 
A missão vai também pavimentar o caminho para futuras expedições tripuladas. 
Vários dos instrumentos do Curiosity servem para medir o ambiente marciano e definir quão hostil ele é para os seres humanos.
O trabalho científico deve começar imediatamente. 
Segundo Rennó, as equipes se reunirão nesta segunda-feira de manhã para definir o plano de ação no planeta vermelho. 
"Durante os primeiros dias vamos testar os instrumentos, ver se está tudo dentro do normal", diz. 
"Vai demorar alguns dias para colocar o jipe em movimento". 
É possível, contudo, que Curiosity comece seu passeio pela cratera Gale, na região equatoriana de Marte, antes do esperado. 
De acordo com as primeiras fotos enviadas, o jipe pousou em uma área plana, praticamente sem pedras. 
"Talvez isso adiante as coisas", explica Rennó.
Ao site do Bom Dia Brasil afirma:
“O que eu acho mais interessante é saber que há vida bacteriana, ou vida em geral em algum outro lugar além da terra. 
E Marte é o mais próximo, o mais fácil de testar essa hipótese, ter vida além da terra, no meu ponto de vista”, diz Nilton Rennó. 
E completa, “quer dizer que vida não é tão difícil de acontecer, como aconteceu na terra. 
Provavelmente, o universo está cheio de seres inteligentes".

Veja o momento exato do pouso de Curiosity:
NASA Lands Car-sized Rover on Martian Surface

Acompanhe a pesquisa de astrobiologia em Marte: Mars Science Laboratory
Publicações, contatos e curriculo do Professor Rennó

Curiosity's Descent




Fontes: 
Cientista de São José dos Campos na Nasa fala sobre o robô Curiosity
Curiosity tem pouso perfeito e inicia busca por vida em Marte

6 de ago. de 2012

Curiosity: procurando vida em Marte




O Programa de Exploração de Marte foi criado para a exploração robótica de longa duração com o objetivo de estudar a história de Marte.
O Laboratório de Ciência de Marte - Mars Science Laboratory (MSL) tem como parte um jipe robótico, Curiosity, projetado para conduzir uma profunda investigação da habilidade presente ou passada de Marte sustentar vida microbiológica.
Em essência, determinar a "habitabilidade" de Marte.
Curiosity é maior e pode viajar mais longe do que os anteriores Spirit e Opportunity e leva o conjunto mais avançado de instrumentos de estudos científicos à superfície de Marte, para análises físicas, químicas e atmosféricas, cujas análises tem objetivo de responder a pergunta fundamental:
Marte foi alguma vez habitat de vida  microbiológica?
E hoje, com a chegada de Curiosity ao solo marciano inicia-se a mais detalhada pesquisa da superfície de Marte que a nossa tecnologia atual permite, a hora é chegada.
Como Clara Ma, 12 anos, cuja idéia do nome de Curiosity foi escolhida dentre 9000 propostas de estudantes americanos com idade entre 5 a 18 anos disse:
"A curiosidade é a chama que nunca deixa de queimar na mente de qualquer um".

Siga Curiosity Online em: ParticipateNASA TV
Aprenda mais:
Laboratório de Ciências de Marte: Mars Science Laboratory

Sete minutos de Terror de Curiosity: os desafios dos minutos finais da descida final na superfície de Marte.






Sequencia de descida

Topografia de Marte

Cratera de Gale - Local do Pouso

Cratera de Gale - Local do Pouso


Engenheiros do JPL, responsáveis pela viajem de Curiosity, no momento do pouso

 Primeiras fotos recebidas... Início da jornada, em Marte







Fonte: NASA