A operação de 'distante-encontro', nas redes sociais #PlutoFlyby, a Plutão começou no dia 4 de janeiro de 2015. Nesta data, as imagens dos alvos com a "LORRI imager", além do telescópio "Ralph" a bordo, só seriam de alguns pixels de largura. Os pesquisadores começaram a tirar fotos de Plutão e do fundo do campo estelar para ajudar os navegadores da missão na concepção de manobras de correção de curso, que modificariam a trajetória para colocar precisamente a nave no curso de aproximação. Mais tarde, no dia 15 de janeiro, a NASA fez uma breve atualização do cronograma das fases de aproximação e saída.
O sobrevoo do planeta-anão se deu no dia 14 de julho de 2015, com a sonda passando pelo ponto mais próximo da superície, a cerca de 12.500 km de distância, às 12:49 hs UTC. Algumas horas mais tarde, a New Horizons se virou para o interior do sistema solar e enviou uma mensagem única: "Missão cumprida". A sonda enviou de volta imagens a cores medidas em megapixels; no entanto, a totalidade dos dados recolhidos durante o sobrevoo levará ainda 18 meses para retornar à Terra, pois a velocidade de ligação descendente é lenta, de cerca de dois kilobytes por segundo, e demora quatro horas para um sinal chegar à Terra.
Do total de 6 gigabytes de material a ser enviado à Terra pela sonda, cerca de 2% foram recebidos nos dois primeiros dias após o encontro, o que permitiu aos cientistas terem algumas imagens claras do planeta, fazendo-os batizar de início duas grandes áreas de planícies em sua superfície como Tombaugh Regio e Sputinik Planum, uma homenagem ao primeiro satélite artificial lançado pela União Soviética em 1957; uma cadeia de montanhas próxima a elas foi batizada como Norgay Montes, em homenagem a Tenzing Norgay, o primeiro homem ao chegar ao cume do Monte Everest e o primeiro nepalês a virar nomenclatura no Sistema Solar. Os primeiros dados enviados da atmosfera mostraram que ela é composta principalmente de nitrogênio e, mais próximo à superfície, de metano.
Após o sobrevoo do planeta-anão, a sonda enviou dados ainda iniciais sobre as pequenas luas de Hydra e Nix, com imagens que ainda são pequenos pontos luminosos; foi possível, porém, mesmo com a pouca definição das imagens, fazer cálculos iniciais de suas dimensões – a primeira tem 43 km x 33 km e a segunda 40 km de comprimento – e estabelecer que há variações de cor em suas superfícies, predominantemente dominadas por gelo. A New Horizons também enviou a primeira imagem nítida de Caronte, a maior das luas de Plutão.
Com a New Horizons inicia-se a exploração profunda da fronteira final do Sistema Solar
Aquisição de sinal da New Horizons
A espaçonave New Horizons "telefonou para casa# por volta de 21:00hs EDT em 14 de Julho de 2015, indicando que havia completado com sucesso o sobrevôo histórico de Plutão mais cedo no mesmo dia. Os membros da equipe no Johns Hopkins Applied Physics Laboratory em Laurel, Maryland, Estados Unidos da América, comemoraram assim que receberam a confirmação do sobrevôo. A espaçonave mais rápida até hoje lançada, a New Horizons viajou por mais de nove anos e tres bilhões de milhas, 4.800 milhões de quilometros, para alcançar Plutão.
Professor Stephen Hawking Congratula a equipe da NASA New Horizons
Animação do sobrevôo das montanhas e planícies congeladas de Plutão
Simulação criada com imagens de maior aproximação das Montanhas Norgay (Norgay Mountains) e Planície Sputnik (Sputnik Plain). Montanhas Norgay Montes foram batizadas com o nome de Tenzing Norgay, um dos dois primeiros humanos a alcançar o cume do Monte Everest. Planície Sputnik foi batizada com o nome do primeiro satélite artificial da Terra.As imagens foram obtidas pela Long Range Reconnaissance Imager (LORRI) em 14 de Julho de 2015 a uma distancia de 48,000 milhas, 77.000 quilometros, com acuidade de aproximadamente meia milha, um quilometro, de visão de objetos na superfície.
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Aproximação do sobrevoo de Plutão pela New Horizons em cerca de um ano |
Saiba mais: New Horizons - JPL ; NASA New Horizons ; New Horizons by Wikipedia